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VOLTA REDONDA
O delegado Antônio da Luz Furtado assumiu hoje à tarde como novo titular da 93ª Delegacia de Polícia. Aos 39 anos e há apenas três na Polícia Civil, ele estava como adjunto na 19ª DP (Tijuca), na Zona Norte do Rio de Janeiro. Furtado substitui Adilson Palácio, que assumirá a vaga do colega na capital. A posse foi realizada pelo delegado Ricardo Martins, titular da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (CRPI) e contou com a presença de representantes da Polícia Militar (PM), Guarda Municipal (GM) e Corpo de Bombeiros.
Natural do Rio de Janeiro, Furtado, que tirou o primeiro lugar no concurso para delegado, em 2008, disse que assumir a delegacia da cidade é um presente. Pregando o diálogo com outras forças de segurança, durante seu discurso ele lançou o que classificou de um “pacto de amizade com o município”.
“Quero que todos saibam que aqui tem um amigo. Sabemos que a reboque do crescimento de uma cidade existem pessoas que se aproveitam para cometer crimes. E isso não vamos tolerar. Vamos trabalhar duro para tirar das ruas esses bandidos e dar tranquilidade à população”, anuncia.
Furtado informou que já está levantando a mancha criminal da região, com todas as estatísticas de crimes, para traçar um plano de segurança. “Estou me inteirando da situação, mas pelo que soube, os crimes de maior incidência aqui são os roubos, furtos, além do tráfico de drogas. Amanhã (hoje) também tenho uma reunião com o comandante da Guarda Municipal (Luis Henrique Monteiro Barbosa) para tratar dos assuntos mais relevantes”, diz o delegado.
NOVA LEI DAS PRISÕES
Sem fugir de polêmica do momento, Furtado afirmou que é a favor da nova lei, que pode colocar nas ruas de todo o país mais de 200 mil presos que aguardam julgamento em liberdade por crimes considerados leves, cuja pena não ultrapasse quatro anos de prisão. Para o delegado, não haverá um aumento no número de bandidos nas ruas.
“Essa lei foi criada para prestigiar a autoridade policial. Vai ser decidido pelo delegado se vai fixar fiança ou não. O que antes era feito pelo juiz poderá ser feito na delegacia. Essa lei deixa clara a importância do delegado”, defende Furtado.
Curso é apontado por Palácio como motivo da transferência O delegado Adilson Palácio tomou posse no dia 7 de abril. Mesmo em pouco tempo, passou por uma turbulência quando viu dois de seus inspetores presos na Operação Alçapão, deflagrada pela Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio (Coinpol) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. Os inspetores Carlos Alberto Donato e Ronaldo Antunes Blanco são suspeitos de participação num esquema de proteção a contraventores da região de Niterói e São Gonçalo, permitindo a ação do jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis. Tanto Palácio quanto os inspetores eram lotados em delegacia daquela região antes de serem transferidos para o Sul Fluminense.
Ontem, porém, Palácio justificou que sua saída foi motivada para conclusão de um curso que faz na Academia de Polícia Civil (Acadepol) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio. “É uma mistura de alívio e tristeza. Eu já fazia esse curso quando fui transferido para a 93ª DP. Mesmo estando aqui, continuei fazendo, porque não pode se desligar da função. A Chefia de Polícia optou por colocar aqui um delegado que não está fazendo curso no momento. A mudança foi por uma questão pessoal. Fico triste por ter que deixar uma cidade tão acolhedora”, frisa Palácio.
Em sua despedida ele enalteceu a equipe da delegacia, que mesmo com um quadro de pessoal reduzido consegue apresentar resultados. “Perdemos várias pessoas da equipe, mas a qualidade dos policiais da delegacia não impede que realizem um bom serviço, que muita das vezes vai além do horário de trabalho. Tem policiais que vão até aos domingos. Sem dúvida, o doutor Furtado terá uma grande equipe à disposição”, encerra Palácio.http://www.avozdacidade.com/site/page/noticias_interna.asp?categoria=7&cod=4610
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