O comandante da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, coronel Lima Castro,
disse há pouco, depois de ouvir testemunhas, que a explosão em um prédio no centro da cidade foi causada pelo vazamento de gás de um botijão no restaurante Filé Carioca. Segundo ele, embora tivesse os encanamentos necessários para usar a rede de gás natural, o estabelecimento utilizava botijões na cozinha.
Local do acidente
- A explosão ocorreu em um prédio onde funciona, no térreo, o restaurante Filé Carioca, no número nove da praça Tiradentes, próximo à rua da Carioca, no Rio.
Dezessete feridos na explosão foram internados no Hospital Municipal Souza Aguiar. Três estão em estado grave, sendo que um está no centro cirúrgico. Por problemas de lotação no hospital, uma mulher em estado grave foi transferida para o Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul da cidade.
O coronel Lima Castro disse ainda que tanto o prédio de 11 andares onde funcionava o restaurante como os edifícios vizinhos Hotel Formule 1 e o da esquina com a Rua Pedro I já foram evacuados e estão isolados.
Uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ) chegou ao local da explosão para fazer uma vistoria.
Entenda o caso
Uma explosão em um edifício na manhã desta quinta-feira (13) na região central do Rio de Janeiro deixou ao menos três pessoas mortas. O Corpo de Bombeiros apontou um vazamento de gás como provável causa do acidente, descartando a possibilidade de explosão de um bueiro.
A explosão ocorreu em um prédio onde funciona um restaurante no número nove da praça Tiradentes, próximo à rua da Carioca. O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que as ruas da Carioca, Assembleia e Visconde de Rio Branco foram interditadas. Com isso, o trânsito está bastante complicado nesta manhã. Além de cerca de 40 bombeiros, equipes da Polícia Militar, da CET, Guarda Municipal e Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) também estão no local.
Segundo informações preliminares, a explosão teria origem na cozinha do restaurante. De acordo com a funcionária Michele Medeiros Santos, de 29 anos, os empregados da cozinha sentiram um forte cheiro de gás por volta das 7h e pediram que todos deixassem o local. “Este cenário é típico de uma explosão provocada por gás”, disse Simões.
Segundo o comandante da Guarda Municipal, coronel Lima Castro, a primeira vítima fatal foi o cozinheiro do restaurante, reconhecido por uma testemunha. "Foi ele quem abriu o estabelecimento. As outras vítimas fatais passavam em frente ao local e foram atingidos pelas pedras.”
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), responsável pela perícia, disse que falará sobre o acidente apenas no laudo. A previsão é de que o laudo fique pronto em até 48 horas, segundo a Defesa Civil.
O prefeito Eduardo Paes, que foi ao local nesta manhã, também se esquivou de falar sobre as possíveis causas da explosão. "Vamos aguardar a análise da perícia para ver de fato o que ocorreu. Sei apenas que alguns feridos estão em estado grave, e que interditamos todo o quarteirão."
Cenário de devastação
A explosão destruiu totalmente o andar térreo de pelo menos dois prédios na praça. Os destroços foram lançados a uma distância de cerca de cem metros. Até o nono andar de um dos edifícios, há sinais de destruição, com muitos vidros quebrados. Na rua Visconde do Rio Branco, onde fica o edifício Riqueza, no número 9, o cenário é de devastação. O primeiro andar do teto caiu, toda a fiação está exposta, o ar-condicionado é visto pendurado.
A porta de ferro automática do restaurante Filé Carioca foi arremessada até o outro lado da rua, juntamente com um orelhão. A força da explosão arrancou galhos das árvores em frente ao restaurante. Do outro lado da rua, no chão, peritos demarcaram com giz rosa uma válvula de botijão de gás, supostamente do estabelecimento que explodiu.
Interdição
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou que todos os edifícios do quarteirão onde houve uma explosão na Praça Tiradentes, no centro, nesta manhã, foram interditados. Segundo ele, técnicos da Defesa Civil só liberarão a área quando for descartado o risco de desabamento. O secretário da Defesa Civil afirma que há risco de sustentação do prédio. "Os pilares e vigas foram seriamente atingidos pela explosão, mas acredito que uma intervenção de engenharia resolva.”
*com informações da Agência Estado
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