A Guarda Municipal trocou tiros.

Rafael Amaral

Agência BOM DIA

A Guarda Municipal trocou tiros com um adolescente de 17 anos nesta sexta-feira (08), suspeito de traficar drogas próximo a uma escola no Jardim São Camilo.

O garoto A. P. M. levou um tiro no abdômen  e foi internado no Hospital São Vicente, onde foi operado e não corre risco de morte.

O garoto, que tinha um rádio comunicador, levantou suspeitas de moradores da região, que chamaram a Guarda.

Os GMs encontraram o adolescente de costas, em frente a escola municipal Deodato Janski, que fica próxima uma boca para venda de drogas.

Depois de saírem da viatura, os guardas contam ter pedido ao  garoto que se virasse e, ainda segundo a GM, ele teria atirado assim que ficou de frente. A partir daí houve o revide.

No local não foram encontradas drogas. “Mas não descartamos que existiam”, afirma o comandante da Guarda, Paulo Sérgio de Lemos Giacomelli Stel, o Jacó. “Após ele ser baleado, nossa prioridade foi levá-lo ao hospital e, por isso, não ficamos para ver se haviam drogas.”

Jacó argumenta que o tiro no adolescente foi em legítima defesa e que a intenção era apenas fazer a abordagem no adolescente.

A arma utilizada pela GM, calibre 380, e a do garoto, calibre 38, foram apreendidas.

O caso foi comunicado à Vara da Infância e da Juventude, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.

Escola /Na escola ocorreram algumas invasões depois de que um muro caiu, em janeiro. Por isso, por se tratar de um patrimônio público e por estar em um bairro com problemas de criminalidade, a GM afirma dar atenção especial ao colégio.

A presença do tráfico, nas redondezas, tem assustado moradores, que frequentemente ligam para solicitar a presença da Guarda e da polícia.

Próximo á escola e à onde ocorreu a troca de tiros existem diversas vielas, onde a Guarda também já foi recebida a tiros em outra ocasião (veja na arte acima).

“Existem muitas bocas de tráfico por ali, onde jovens trabalham como olheiros ou como vendedores” diz Jacó.

Próximos às bocas de drogas, traficantes costumam usar adolescentes e até mesmo crianças como olheiros, para avisá-los do movimento e, assim, não comprometer as vendas. Por isso, existem indícios de que o adolescente detido trabalhava como uma espécie de “soldado” armado do tráfico incumbido de defender o ponto.

Rádio faz menino ser visto como olheiro

É comum

Os casos de adolescentes armados em Jundiaí não são novidade. Em dezembro, a Polícia Civil prendeu um garoto de 15 anos com uma submetralhadora na favela da Fepasa.

Nada muda nas escolas, apesar da denúncia

A Polícia Militar de Jundiaí não ampliou as rondas em escolas de Jundiaí, apesar de o BOM DIA desta sexta-feira (08) ter mostrado a facilidade que é entrar em diversas delas sem ser identificado, alerta que surgiu depois do massacre de n no Rio de Janeiro.

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