Eles reclamam de más condições de trabalho e de assédio moral e punições; superintendente nega acusações
Daniela Santos
Uma comissão formada por 15 guardas civis de Ribeirão Preto foi ao Palácio Rio Branco, na manhã desta segunda-feira (23), pedir a troca do atual comando. Eles dizem que enfrentam más condições de trabalho e sofrem assédio moral e punições. O superintendente da Guarda Civil Municipal (GCM), André Luis Tavares, nega as acusações.
De acordo com o guarda Caio Cristiano de Oliveira, de 36 anos, que trabalha na corporação há 16, antes eles sofriam represarias da Polícia Militar e hoje, segundo disse, há ‘perseguição’ feita pelo próprio comando. "Não temos paz para trabalhar e a situação é precária. Há bases sem água, sem banheiro e insulfilme. As viaturas são sucateadas e, quando a gente reclama, eles trocam uma ou outra".
Oliveira afirma que, por protestar contra os problemas diários, ele e os companheiros são punidos com alterações na escala de trabalho e ameaças de sindicância para expulsão.
Eles denunciam que guardas que têm amigos de parentes no comando têm benefícios e não sofrem punições.
Outro lado
O vice-prefeito de Ribeirão, Marinho Sampaio, recebeu o grupo e disse que vai apurar as reclamações com os demais funcionários da Guarda Civil. Porém, adiantou que melhorias já foram feitas, como a diminuição de 40 horas para 36 horas semanais e a compra de duas novas viaturas.
"Se houver negligência, vamos tomar as providências e punir. Eles pedem aumento de 100% nas horas extras no final de semana, mas isso é impossível. Também pedem plano de carreira, mas isso tem que ser discutido nas demais categorias".
O superintendente da GCM, André Luis Tavares, negou as acusações e disse que sindicâncias foram abertas para investigar o caso, mas cabe defesa. "Quero saber quais são as perseguições e que me apontem coisas concretas", disse. http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2011/05/23/grupo-de-guardas-municipais-pede-troca-de-comando-em-ribeirao.html
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