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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Rede de policiais civis e militares é suspeita de controlar vendas em camelódromo do Rio Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/rede-de-policiais-civis-militares-suspeita-de-controlar-vendas-em-camelodromo-do-rio-16283625#ixzz3c84jLt4M © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


RIO — Uma rede formada por policiais civis e militares é suspeita de controlar parte dos negócios que envolvem a venda de produtos roubados e falsificados no camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro, alvo de uma operação da Polícia Civil, na terça-feira. A ação teve como objetivo prender receptadores de aparelhos celulares, geralmente roubados por adolescentes em ruas do Centro e da Zona Sul, além de shopping centers. A quadrilha estaria por trás das ameaças de morte sofridas por comerciantes que se recusam a pagar taxas indevidas para trabalhar no comércio popular local.
O grupo é suspeito também de participação na morte do comerciante Jorge Luiz Nepomuceno, que tinha boxe no camelódromo. Assassinado em Campo Grande com vários tiros de pistola em março de 2014, Nepomuceno presidia a Associação dos Comerciantes e Ambulantes do Centro (Acac), fundada em 1994 e que trava uma disputa com a União dos Comerciantes da Uruguaiana e Adjacências, criada em 1998, depois de um racha dentro da Acac.
Agentes que participaram da operação no camelódromo relataram à equipe do GLOBO que foram abordados por policiais civis e militares estranhos às investigações, durante o cumprimento dos 150 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Por este motivo a operação contou com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, tropa normalmente empregada em ações de alto risco contra o tráfico de drogas.
— O que chamou a nossa atenção é que entramos nos boxes, fizemos as apreensões e nenhum proprietário apareceu. Até agora, não sabemos quem são os responsáveis pelos boxes — disse o delegado Cláudio Vieira, titular da 4ª DP (Praça da República), que coordenou a operação.
VENDA A 50 METROS DE AGENTES

Camelô negocia celulares roubados
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Celulares de última geração, originais e falsificados, continuavam sendo anunciados livremente no camelódromo da Uruguaiana, na quarta-feira. Os aparelhos são negociados a preços bem inferiores aos de mercado. Pela manhã, repórteres do GLOBO flagraram oito homens abordando possíveis clientes a cerca de 50 metros de três guardas municipais e de dois PMs. O grupo estava em frente à quadra B, que no dia anterior havia sido alvo da ação policial. Sem medo de represálias, eles ofereciam celulares até com desconto, caso o interessado quisesse pagar em dinheiro.
Por volta das 10h30m, um camelô, que vestia camisa verde e estava com mochila e boné, garantiu à equipe do GLOBO que vendia smartphones Samsung do “último modelo", na caixa e com manual, a R$ 600. Caso o pagamento fosse feito à vista, o aparelho sairia por R$ 500. Questionado sobre modelos de iPhone, um camelô que se identificou como Guilherme disse que conseguiria novo ou usado por preço bem em conta.
— Se quiser, eu vou lá dentro (nos boxes) e pego para você o celular. Mas tem que levar logo. A procura é grande, entende? E tem que ser em dinheiro. Camelô não trabalha com cartão — argumentou o vendedor.
NAS CAIXAS, MAIORIA É RÉPLICA
Pela manhã, quase todos os 150 boxes das quadras A e B, que foram alvos da operação, funcionavam normalmente. Comerciantes evitavam comentar o fechamento de algumas lojas.
O delegado Claudio Vieira reiterou que sua equipe identificou três receptadores de celulares roubados no camelódromo e está aguardando a expedição dos mandados de prisão. Ele afirmou que grande parte dos aparelhos vendidos nas caixas são falsificações vindas do Paraguai.
O delegado explicou ainda que, durante a investigação, foi constatado que a venda de mercadorias ilegais no camelódromo funciona em sistema semelhante ao das bocas de fumo em favelas, com olheiros e seguranças. Os vendedores que andam com apenas uma mercadoria nas mãos, abordando possíveis clientes, são como “vapores”.
A polícia descobriu também que os donos de boxes que comercializam celulares roubados sempre que percebem a aproximação da polícia fecham as portas e recolhem o material roubado.
— Quando a polícia chega no camelódromo eles logo abaixam as portas e retiram dos cofres os celulares roubados, que são levados em mochilas. Ontem (terça-feira), durante a operação, conseguimos cercar tudo e impedir que eles levassem os celulares do local. Por isso apreendemos 1.100 aparelhos — explicou o delegado.
O prefeito Eduardo Paes afirmou que a Polícia Civil precisa estar mais presente no camelódromo para coibir a venda de produtos roubados. Segundo ele, os boxes possuem autorização para operar, cabendo à polícia agir para evitar a ação de criminosos.


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