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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Olimpíadas Rio 2016 terão 85 mil profissionais atuando na segurança

30/07/2015 11h27 - Atualizado em 30/07/2015 18h42


'Maior esquema jamais visto na história do país', afirmou Beltrame.
Cidade terá Centro Integrado de Enfrentamento ao Terrorismo (CIET).

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
Autoridades na área de segurança pública detalharam o esquema de segurança das Olimpíadas de 2016.. (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)Autoridades na área de segurança pública detalharam o esquema de segurança das Olimpíadas de 2016.. (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame afirmou nesta quinta-feira (30) que o esquema de segurança para os Jogos Olímpicos de 2016 será o maior da história do país, com 85 mil profissionais, sendo 47,5 mil deles vindos da Força Nacional de Segurança. O restante virá do Ministério da Defesa (MD).
Entre as ações, está a criação do Centro Integrado de Enfrentamento ao Terrorismo (CIET), segundo o assessor especial para Grandes Eventos do MD, general Luiz Felipe Linhares.
Beltrame, Linhares e outras autoridades conversaram com jornalistas na manhã desta quinta-feira (30) para falar sobre a segurança das Olimpíadas. "Será a maior operação de segurança que o Rio já teve, o maior esquema jamais visto na história do país", disse o secretário.
Segundo o secretário Estraordinário de Segurança em Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, a palavra de ordem deste trabalho será a integração entre as forças de segurança em todos os níveis. Ele destacou ainda que o trabalho já começa com os 44 eventos-teste previstos, sendo que 21 deles acontecerão este ano e outros 23 estão previstos para 2016.
A novidade para os Jogos Rio 2016 em relação a outros grandes eventos realizados na cidade desde o Pan de 2007, é o Centro de Inteligência, que é voltado especialmente para ações contra terrorismo. Segundo Rodrigues, a unidade só deverá ser montada no Rio mais perto das Olimpíadas.
"Na Copa de 2014 contamos com a colaboração de agentes de 40 países. Para as Olimpíadas não teremos como contar com todos os países participantes, mas vamos trabalhar com quem possa contribuir, com antigos parceiros e principalmente com que faz parte do sistema da Interpol. Vamos promover um intercâmbio de troca de dados e de conhecimentos para atuar na prevenção de atos terroristas. Esse é um processo que vem amadurecendo que a realização de eventos no Rio. O terrorismo é uma preocupação de todos os países", disse Rodrigues.
O diretor de segurança do Comitê Rio 2016 Luiz Fernando Correa destacou que a segurança interna de todas das 33 instalações de competição dos Jogos ficará a cargo das forças de segurança do governo. E que caberá ao seis mil agentes privados do comitê cuidar dessas instalações antes do evento e de outras 87 instalações relacionadas às Olimpíadas e complementar o trabalho dos agentes públicos de segurança.
O oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura contou que desde que o Rio foi escolhido para sediar os Jogos, estão sendo preparados relatórios para checar instalações, hospedagem, centros de treinamento e feitas avaliações de risco inclusive do tour da Tocha Olímpica. E que até o momento não foi levantado nenhum indicativo de terrorismo.
"O Brasil, tradicionalmente, não é alvo de atos terroristas. Mas será palco de um grande evento e precisa estar preparado", enfatizou Moura.
Assessor Especial de Grandes Eventos do Ministério da Defesa, o general Luiz Felipe Linhares lembrou os Jogos serão o sétimo grande evento realizado na cidade e o maior de todos
"As Olimpíadas equivalem a 65 Copas do Mundo ao mesmo tempo. Além disso são 33 instalações de competição no Rio e mais cinco arenas de futebol (em Manaus, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador). Também vamos cuidar da passagem da Tocha Olímpica por 250 cidades, em todos os estados. Para a Copa, o governo do estado pediu à presidente Dilma Rousseff a ajuda do Exército para patrulhar a Maré. Acho que fizemos um bom trabalho durante um ano que passamos lá. Agora, a área está ocupada pela PM e não há previsão de o Exército voltar", destacou Linhares, informando que dos 38 mil homens do Ministério da Defesa, cerca de 20 mil vão atuar no Rio.
Ele detalhou o quantitativo das forças de segurança que atuarão diretamente nas Olimpíadas. Dos 47.599 homens que trabalharão diretamente no Rio, 18.500 são da PM, 1.822 são da Polícia Civil, 4.620 são do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, 3.500 são da Políoia Federal, 2 mil são da Polícia Rodoviária Federal, 1.734 são do Departamento Penitenciário,



 5.810 são da Guarda Municipal e 9.613 são da Força Nacional de Segurança (FNS), que está sob o comando do diretor Nazareno Marcineiro.
Os homens da FNS vão cuidar especificamente das instalações, dos locais de eventos-teste, hospedagem, centro de mídia e arbitragem.
Rodrigues informou ainda que o governo federal investiu R$ 1,170 bilhão na segurança do evento, além dos outros R$ 350 milhões que estão sendo investidos pelo Comitê Rio 2016. Segundo ele, desde a Copa das Confederações, em 2013, equipamentos e bens usados na segurança dos eventos estão ficando de legado para a segurança do Rio.
Além de José Mariano Beltrame e Andrei Rodrigues, o representante do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil coronel Wanius Amorim também participou da entrevista coletiva.
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