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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

GUARDA MUNICIPAL SUA POLÍCIA ADMINISTRATIVA



Camelódromo: local de irregularidades

O Globo
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RIO - Além da venda produtos contrabandeados, falsificados e até roubados, uma investigação feita pela Guarda Municipal, em 1999, identificou outra ilegalidade no camelódromo do Centro: a participação de pelo menos dez policiais civis e militares num esquema clandestino de proteção das irregularidades existentes no local. O levantamento constatou ainda que quatro policiais controlavam diretamente barracas na chamada quadra A (na esquina da Rua Uruguaiana com a Buenos Aires), achacando os camelôs e acobertando o comércio de relógios roubados. Na época, a Corregedoria da Polícia Civil tinha cinco sindicâncias em andamento para investigar casos e extorsões e ameaças contra os donos dos boxes. Três anos antes, em 1996, um outro levantamento da Guarda Municipal já havia identificado a participação de cinco policiais na segurança da venda de mercadorias contrabandeadas no lugar. Na época, cada agente receberia semanalmente entre R$ 500 e R$ 700.
Em 5 de junho de 2001, cerca de 700 ambulantes do camelódromo fecharam por cerca de 40 minutos três pistas da Avenida Presidente Vargas, no Centro, ao meio-dia, para protestar contra policiais, que acusavam de extorsão. O grupo denunciou que, naquela manhã, por volta das 10h, agentes supostamente da 1ª DP (Praça Mauá) ordenaram o fechamento dos boxes, exigindo propina. Os camelôs afirmaram que eram constantemente achacados por policiais, que exigiam até R$ 50 por dia. Segundo a denúncia, os principais alvos dos agentes eram vendedores de produtos contrabandeados.
Em 2004, relatórios da Guarda Municipal mostraram que policiais civis e militares — em número desconhecido — não só davam proteção a ambulantes, como controlavam barracas de camelôs em diferentes pontos da cidade.
Anos se passaram e o camelódromo continuou sendo um território à margem da lei. Em 13 de março de 2006, o lugar foi fechado pela primeira vez pela polícia. A estimativa era que o comércio de produtos piratas no camelódromo movimentasse R$ 2,5 milhões por mês.Fonte:http://extra.globo.com/noticias/rio/camelodromo-local-de-irregularidades-940962.html

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