Rio -  Após as denúncias de cartas marcadas em licitações, o Ministério da 
Saúde, o governo do estado e a Prefeitura do Rio anunciaram que vão cancelar
 todos os contratados com Toesa Service, Locanty Soluções, Bella Vista
 Refeições Industriais e Rufollo Serviços Técnicos e Construções.
 Representantes das quatro empresas foram flagrados pelo programa
 ‘Fantástico’, da Rede Globo, negociando propinas para vencer 
concorrências públicas.
No Município, em só três anos, a Locanty cresceu  em arrecadação 
por serviços prestados o equivalente a 9.141%. É como se a empresa
responsável pelo recolhimento de lixo hospitalar na capital, aumentasse 
o dinheiro que recebeu em licitações, neste período, em 91 vezes. 
Em 2008, a Locanty recebeu dos cofres municipais R$ 97.142,14.
Em 2011, esse valor saltou para R$ 8.879.621,76. Nesse mesmo ano, 
a prefeitura rompeu contrato com a empresa após descoberta de 
quadrilha de funcionários da Locanty que cobravam propina para
 liberação de veículos de depósitos.
A empresa ainda tem nove contratos ativos no município (Previ Rio, 
Controladoria Geral do Município, Secretaria do Meio Ambiente, RioZoo
 e Secretaria Municipal de Saúde) que somam a quantia de 
R$ 6.131.617,30.
Já a Bella Vista tem em contratos com a prefeitura R$ 14.510.311,96 em 
serviços para Secretaria de Saúde, Guarda Municipal e RioZoo. A Toesa
 e Rufollo não têm mais vínculo com o município, mas, em 2011, ambas
 receberam R$ 12.800.512,12 e R$ 163.741,34, em licitações,
 respectivamente. Ontem, os tribunais de Contas da União, Estado e 
Município determinaram devassa nos contratos das quatro empresas. 
Polícia Federal investiga
A suspensão dos contratos do Ministério da Saúde com as quatro empresas
 denunciadas será publicada hoje no Diário Oficial da União. O Ministério
 Público Federal anunciou uma investigação e a Polícia Federal instaurou
quatro inquéritos. Dezessete pessoas serão intimadas. Em Brasília, 
parlamentares se movimentam para instalar uma CPI do caso.