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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

27.01.12 às 00h52 Mantido esquema de isolamento no Centro


Será liberado acesso aos prédios vizinhos a moradores e funcionários. TJ adiará prazos de processos de advogados com escritórios destruídos ou fechados


Rio - Somente em casos de emergência — como a necessidade de buscar documentos, exames médicos — moradores e pessoas que trabalham num dos cinco prédios que foram interditados na Avenida Treze de Maio poderão ter acesso a salas e apartamentos. A avaliação e autorização terão, no entanto, que ser feitas pela Guarda Municipal e subprefeitura do Centro. Hoje, algumas ruas da região vão permanecer interditadas: Avenida Treze de Maio, Avenida Almirante Barroso entre Avenida Rio Branco e Senador Dantas, que vai funcionar com a mão invertida.
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Para facilitar o resgate, algumas ruas continuarão interditadas nesta sexta-feira e itinerários de ônibus foram alterados | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
“Se tiver alguma necessidade urgente, premente, por exemplo, alguma questão de saúde, um remédio, um exame que precise pegar dentro de uma sala, haverá a avaliação das pessoas que poderão acessar o local. Mas só em caso de extrema de necessidade. Nós continuamos pedindo que a população não se desloque pela região no dia de amanhã (sexta-feira). Acreditamos que até segunda-feira o acesso aos prédios da Treze de Maio esteja liberado”, disse o prefeito Eduardo Paes.
Treze linhas de ônibus do Consórcio Santa Cruz tiveram o itinerário alterados por causa do desabamento: 369, 370, 392, 396, 397, 2310, 393, 358, 388, 2303, 2304, 2308 e 2309.
Como em muitos dos prédios interditados havia escritórios de advocacia, o presidente do Tribunal de Justiça do (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, informou, por meio de assessoria, que os juízes não terão problema em estender prazos dos processos para os advogados que estão com as salas fechadas.
Uso de máscara é recomendado
Em meio a poeira e fumaça, a dificuldade para respirar aumentava a cada movimento das retroescavadeiras. Um risco à saúde das pessoas. De acordo com o médico Pedro Guimarães Coscarelli, da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, o contato com poeira tóxica, derivada de substâncias como amianto e vidro, pode causar danos à vista e problemas respiratórios, como sinusites, bronquites e crises de asma. A recomendação é o uso de máscaras com filtros.
O produto, no entanto, esgotou rapidamente das prateleiras das farmácias próximas ao local do desabamento. Diante de todo caos, o representante comercial Ivanaldo Castanha, de 65 anos, teve uma atitude nobre na manhã de ontem. Com um saco contendo mil máscaras e um discurso otimista, Ivanaldo andou da Rua do Rezende até ao Largo da Carioca para distribuir o produto à população. “Trouxe as máscaras porque vi muita gente inalando a fumaça. É perigoso. Vamos acompanhar o trabalho dos bombeiros e cuidar da saúde”, alertou.








Imagens do G1-Rj

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