O policial militar que baleou um Guarda Municipal na saída do Rock in Rio, na madrugada desta segunda-feira (28), estava com sinais de embriaguez. Segundo os colegas do agente que foi baleado o caso aconteceu durante uma discussão entre os dois. Um dos agentes da GM, que prefere não se identificar, contou que a discussão começou porque o PM não teria gostado da atitude de um ambulante que vendia água na saída do show.
Segundo relato de testemunhas, o policial estava à paisana. Quando saiu do show pela Avenida Abelardo Bueno teria se irritado com um ambulante que vendia água. Aparentemente embriagado e sacou a arma para o rapaz, que é menor de idade. Na ocasião, um inspetor foi interferir, mas o policial apontou a pistola para o rosto dele. Foi quando um segundo agente tentou imobilizar o policial, que atirou e acertou um guarda municipal, que estava ao lado.
O diretor jurídico do Sindicato dos Servidores do Rio (Sisep-Rio), Frederico Sanches, classificou a postura do policial como absurda e irresponsável e colocou a disposição o atendimento jurídico aos agentes da GM RIO. Para ele, o policial também deveria responder por tentativa de homicídio. O agente foi baleado e encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Ele irá passar por uma cirurgia na mão. Já o policial foi levado para a 16ª (Barra). Ele vai responder por desacato, resistência e lesão corporal grave. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca).
"Nós não vamos tratar delinquentes marginais como problema social. Isso é problema de segurança pública", afirmou nesta terça-feira o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Em coletiva de imprensa marcada para responder à onda de assaltos e arrastões do último fim de semana, o peemedebista anunciou que irá antecipar a Operação Verão da Guarda Municipal, que teria início em 3 de outubro, para o próximo fim de semana.
Paes disse ainda que está colocando a Guarda Municipal à disposição das forças de segurança pública do governo do estado para evitar novos arrastões. Os eventos dos últimos sábado (19) e domingo (20), de acordo com o prefeito, foram "absurdos". "Eu estava fora do Rio e pelas imagens que eu vi, o apoio da Guarda é importante", opinou. A ideia, entretanto, não é armar a Guarda Municipal. "A prefeitura não assumirá a função que é da segurança pública", frisou Paes.
O secretário de Ordem Púbica, Leandro Matieli, também esteve presente na coletiva e se mostrou confiante em relação ao adiantamento da Operação Verão. Por fim, Eduardo Paes confirmou que o vice-prefeito Adilson Pires (PT) e representantes da Guarda Municipal irão se reunir, na tarde desta terça, com o secretário de segurança pública José Mariano Beltrame.
Beltrame diz que polícia está 'constrangida' para coibir arrastões
Em entrevista ontem (21) à Rádio CBN, Beltrame disse que a polícia está "constrangida" para coibir os arrastões nas praias da cidade. Isso porque a Justiça do Rio proibiu que os policiais apreendessem menores sem flagrante. “Se a polícia atua, abusa do poder, se não atua está prevaricando. Conseguiram constranger a polícia”, declarou o secretário.
Ele ainda anunciou a volta das abordagens em ônibus, que nesta terça foi reforçada pelo governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB). "A palavra que fundamenta a abordagem da polícia chama-se vulnerabilidade. Eu pergunto para essas pessoas: como que o jovem sai, por exemplo, de Nova Iguaçu, a 30 km da praia, só com a bermuda e sem R$ 1 no bolso para comer, beber, pagar um transporte e vai ficar no calorão que está fazendo? Não se trata de ser pobre ou rico, se trata de vulnerabilidade", disse Beltrame.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional de Infância e Juventude do Ministério Público do Rio, Marcos Fagundes, não concorda com a alegação de vulnerabilidade. Para ele, o fato de estar longe de casa e sem dinheiro não justifica o recolhimento de um menor a caminho da praia. "Ele pode pegar dinheiro emprestado, dormir na casa de um parente na zona sul. Não é vulnerável apenas nessa condição", explica.
O fim de semana marcado por assaltos e confusão no Rio de Janeiro assustou a população carioca e gerou um intenso debate não apenas em relação ao papel da polícia na prevenção desses crimes, mas também sobre a decisão de moradores de fazer justiça com as próprias mãos. Os justiceiros interceptaram ônibus superlotados que levavam banhistas para suas casas, na volta da praia, causando momentos de pânico na zona sul da capital.
A onda de roubos, furtos e violência em praias da zona sul do Rio de Janeiro que marcou o último fim de semana pode se repetir no próximo sábado e domingo se as autoridades não planejarem uma resposta que integre órgãos policiais e de assistência social. A opinião é do coronel Ubiratan Ângelo, um dos coordenadores da organização não governamental Viva Rio.
Ângelo fez carreira na Polícia Militar do Rio e chegou a ser comandante da instituição. Atualmente trabalha em projetos da Viva Rio para desenvolvimento de pesquisas, ações de campo e criação de políticas públicas para promover a paz e a inclusão social.
Dezenas de pessoas foram roubadas durante o fim de semana no Rio por grupos de jovens nas praias de Copacabana, Ipanema e em ruas da região. Uma parte das ações foi filmada por órgãos de mídia e cinegrafistas amadores.
Os adolescentes escolhiam vítimas específicas e as atacavam com empurrões, socos e pontapés com o objetivo de roubar carteiras, bolsas e colares.
Em resposta, moradores locais se reuniram por mídias sociais e organizaram grupos de "justiceiros", que atacaram jovens suspeitos em ônibus que passavam pela região.
A polícia deteve quase 30 pessoas, entre adultos e adolescentes.
Autoridades relacionaram a onda de violência a uma decisão da Justiça – em resposta à uma ação da Defensoria Pública – determinando que adolescentes só poderiam ser apreendidos em caso de flagrante.
Isso teria feito com que a polícia deixasse de realizar a prática de prevenção que vinha acontecendo no mês anterior: a abordagem de jovens suspeitos em ônibus que se dirigiam da periferia à zona sul.
Segundo Ângelo, esse cenário pode se repetir se autoridades não coordenarem, até o fim de semana, ações integradas que envolvam não só a polícia, mas os órgãos de assistência social.
De acordo com ele, as condições que possibilitaram os episódios de violência no último sábado e domingo devem se repetir: praias lotadas, alta presença de turistas na cidade e efetivo policial dividido entre os eventos do Rock in Rio e jogos de futebol.
Na tarde de segunda-feira, o secretário da Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou esforços para integrar as ações da polícia com a prefeitura e órgãos de assistência social para tratar do problema de adolescentes da periferia que seguem sem recursos e desacompanhados para as praias da zona sul.
Segundo Beltrame, órgãos responsáveis por menores seriam trazidos para auxiliar a atuação da polícia no patrulhamento da orla.
Leia trechos de Ubiratan Ângelo entrevista à BBC Brasil:
BBC Brasil – Os episódios de violência ocorridos nas praias da zona sul do Rio de Janeiro no último fim de semana eram arrastões?
Ubiratan Ângelo – Em todas as cenas mostradas de roubo e furto não há a presença de armas, mas o uso da força em conjunto. O que você tem é uma união de jovens que em determinado momento elegem uma vítima e todos a atacam ao mesmo tempo, diminuindo sobremaneira a capacidade de resposta da vítima, ou seja, de se defender.
As pessoas que estão em volta acabam correndo, gerando a sensação de que está havendo um arrastão, quando na verdade há uma pessoa só sendo roubada.
Então eu não vi um arrastão, eu vi vários episódios de roubo em área próxima, na praia. E vi pessoas correndo. Se alguém está sendo roubado e alguém corre, as pessoas começam a correr ou a pegar seus pertences e se afastar. Aquilo soa como um arrastão.
Já tivermos cenas de arrastão em outros anos em que várias pessoas vêm correndo e catando objetos de quem está no meio do caminho. Eu não vi essa cena, não há registro policial desse episódio.
BBC Brasil - Qual seria a abordagem correta das autoridades para lidar com o problema?
Ubiratan Ângelo – Nós temos dois fatos: jovens estão sendo acusados de atos criminosos como roubos e furtos. Esses jovens normalmente são negros e moram na periferia, em lugares de carência social já sabida há muito.
O outro fato são as ações que a polícia vinha tomando. A Polícia Militar fazia ações em ônibus, chamadas de caráter preventivo, separando aqueles jovens que estão com alguma coisa que possa gerar um flagrante e outros que estão em situação de risco. Ou seja, aquele jovem que não tem nem dinheiro para pagar a própria passagem de ida e consequentemente não vai ter como ficar na praia e nem como voltar. Ele vai ter que dar um jeito e sua ação pode cair na ilegalidade.
Mas a prevenção da questão social não cabe à polícia. São outras organizações que têm que se manifestar, com ações concretas e positivas, que possam trazer a redução do risco social pelo qual esses jovens passam.
A polícia tenta fazer uma ação preventiva, de contenção imediata, no momento em que o fato ocorre ou está para acontecer. Mas elas deveriam ser feitas por outros órgãos (de assistência social).
BBC Brasil – Como as ações da Defensoria Pública e da Justiça influenciaram os fatos do último fim de semana?
Ubiratan Ângelo – As autoridades que têm responsabilidade por isso não tomaram suas ações e a Defensoria Pública achou por bem sair da sua inércia e tomou uma medida do campo da percepção dos direitos humanos.
Ela disse que a polícia estava encaminhando jovens para a delegacia que não estavam em situação de flagrante. A informação que eu tenho da polícia é diferente: a polícia disse estar encaminhando para a delegacia jovens que praticam atos infracionais. Os jovens que estavam em risco seriam mandados para o campo (da assistência) social.
O secretário da segurança, dr. (José) Mariano Beltrame, diz que outros órgãos têm que atuar e está criticando essa ação do Judiciário (de proibir que policiais apreendessem menores sem flagrante).
A polícia pode prender ou apreender se não houver flagrante? Não pode. A polícia pode recolher quem estiver em situação de risco? Até pode, não há nenhum impedimento, mas não pode fazer isso sozinha, sem os responsáveis pela assistência social, pelo desenvolvimento social e pela questão da criança e do adolescente.
BBC Brasil – Mas na prática, com a iniciativa da Defensoria Pública, houve uma mudança no comportamento dos policiais que pararam de fazer as abordagens preventivas.
Ubiratan Ângelo – Essas operações não vinham acontecendo conforme deveriam acontecer, com a presença dos outros órgãos. O Judiciário proibiu que a polícia fizesse recolhimento (de adolescentes) se não houvesse flagrante. Assim, os jovens que poderiam estar em qualquer situação de risco deixaram de ser identificados pela polícia, mas isso não é a função da polícia.
Outros órgãos que tratam da criança e do adolescente e do desenvolvimento social têm que solicitar a presença da polícia para proteger os seus serviços, mas eles é que têm que realizar os serviços.
BBC Brasil – É possível proteger os moradores da zona sul, turistas e frequentadores da praia sem as abordagens preventivas?
Ubiratan Ângelo – Não se pode deixar de fazer ações, mas elas não podem ter o cunho repressivo policial. A polícia têm que reprimir o crime ou a possibilidade da ocorrência de crime, ou seja, quando você tem elementos fundamentais para fazê-lo. Ela não pode selecionar pela classe social, ela não vai resolver a questão social. Não compete à polícia fazer isso, mas lhe sobra fazer isso porque ninguém faz.
E pior, quando as autoridades públicas começam a dizer que a polícia está de mãos atadas, que ela não pode mais efetivar seu caráter preventivo, isso provoca na cabeça do cidadão o seguinte sentimento: estou abandonado então vou tomar as minhas providências. Não justifica o que jovens fizeram, atacando ônibus, atacando outros jovens, mas sim o porquê deles terem feito isso.
BBC Brasil – Como o senhor vê a atitude dos jovens da região que atacaram supostos suspeitos de participação nos crimes?
Ubiratan Ângelo – O que eles fizeram é crime, eles têm que ser presos porque não cabe a eles tomar ações de "pseudo justiceiros", ou fazer justiça com as próprias mãos.
BBC Brasil – E o que é preciso fazer depois que o crime acontece sem colocar em risco toda aquela multidão na praia?
Ubiratan Ângelo – Quando alguém é roubado e as pessoas começam a correr e começa a reverberar uma informação não necessariamente verdadeira: arrastão. Isso vai colocando cada vez mais pessoas em risco. Quando você vê um ataque a uma vítima você se sente fragilizado. Isso se ameniza com efetivo de controle social: Polícia Militar e Guarda Municipal.
BBC Brasil – Esses policiais devem andar com armas de fogo na praia?
Ubiratan Ângelo – Legalmente sim, tecnicamente não. Pelo mesmo motivo que não se usa arma de fogo em estádio. Por que é um espaço onde a probabilidade de ter um disparo contra ele (policial) é muito reduzida, tendendo a zero. Segundo: a probabilidade de um disparo dele acertar inocentes é quase 100%.
As ações acabam sendo resolvidas com o confronto corporal. Preferencialmente, um grupo de policiais entra em ação para poder dominar e conter a situação. Mas no entorno você tem que ter alguém (policial) com uma arma para uma situação mais grave.
BBC Brasil – Quais as medidas mais urgentes para serem tomadas para tentar evitar que esse cenário se repita?
Ubiratan Ângelo – Vamos pegar um fim de semana com uma potencialidade como o último: os jogos do campeonato brasileiro, o Rock in Rio, a praia lotada, manifestações de paz, em defesa da liberdade religiosa, uma série de eventos que demandam policiais e a guarda municipal.
Os efetivos dessas instituições são limitados. Então para atuar nesse momento, quando todo mundo sabia que a praia ia estar cheia com turistas internacionais e nacionais, você tem que ter ações em conjunto. A parte criminal deve ser conduzida pela polícia e a social por esses órgãos (de assistência social).
Então a medida mais urgente é que as autoridades sentem para discutir nesta semana, porque no fim de semana tem Rock in Rio de novo e pela expectativa vai ter sol. Ou seja, vai ter jogo e a praia vai encher novamente.
Elas devem saber o que vão fazer, quais serão suas ações com a participação da polícia e da guarda municipal.
Fala pessoal, nunca posto nada aqui no face, mas hj aqui no arpoador ta mt perigoso. Desde q eu acordei ja tiveram 7 assaltos em frente a minha rua e esse q eu ...
1- AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA: por lei devem fazer o uso de no mínimo dois instrumento de menor potencial ofensivo ( ARMAS NÃO LETAIS) portaria do Ministério da Justiça 4.226/10.
2- AGENTE DE SEGURANÇA PRIVADA: acordo com a lei 7.102 de 1983 e portarias Polícia Federal 33.325 de 2015 que pela portaria autoriza uso da Arma Não Letal Spray a base de essência natural e 3.233/12 e 3.258/13 que dispõe sobre as normas relativas a segurança privada citam Spray Incapacitantes Pimenta, Gas Lacrimogenios, Arma de Choque de lançamento de dardos energizados, bala de borracha, também coloca o Uso Progressivo da Força.
3- CIDADÃO: que deseja se defender conforme a lei assim prescreve em seu art.23 CP agir em legítima defesa usando de forma moderada e necessária para conter e repelir atual e iminente agressão pode utilizar o SPRAY INCAPACITANTE a base de essencia NATURAL, sendo proibido o que contém capscacina (pimenta).
Proteger a sua vida é um direito legal.
Este profissional orienta a todos a realizarem o curso para uma ação mais segura EFICIENTE E EFICAZ com os equipamentos.
Fabio ANDRE do Nascimento SATT. Gestor de Segurança CRA-RJ 03.00160 ESPECIALISTA EM TREINAMENTO COM ARMAS NÃO LETAIS. _________XX_______________
((ESCOLA DE FORMAÇÃO GRANDE RIO-ESFGR))
TACTICAL LIFE OPERAÇÕES NÃO LETAIS. TL.ONL
CURSOS ARMAS NÃO LETAIS
OPERADOR DE SPRAY INCAPACITANTE
Local: Escola Grande Rio Dia: 26 de setembro Horário de chegada: 07:30 Início 08:00 Previsão de Término 15:00 Público alvo: Agente de segurança e Pública e Privada Valor avista R$ 120,00 Parcelado R$ 150,00 3x. Inscrição: coordenadorctt@gmail.com ou 021-9642-63703 Whatsaap Inscrição até dia 25/09/2015.
OBSERVAÇÃO: Pagamento a vista para os dez primeiros ganham um Spray Incapacitante.