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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

PM dá carteirada e saca arma para tirar seu carro de depósito Sargento se identifica como major, invade área da prefeitura, no Recreio, e leva Hilux que fora rebocado Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pm-da-carteirada-saca-arma-para-tirar-seu-carro-de-deposito-14619757#ixzz3Jj3aaW4Y © 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


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RIO - O sargento da Polícia Militar Arley Ribeiro Silva, lotado no 9º BPM (Rocha Miranda), que também seria instrutor da Academia da Polícia Civil (Acadepol), invadiu, na madrugada de quinta-feira, armado com uma pistola, o depósito municipal de veículos rebocados da Secretaria da Ordem Pública (Seop), no Recreio dos Bandeirantes. Identificando-se como major (patente superior), ele ameaçou os funcionários e retirou seu carro, um Toyota Hilux, que havia sido rebocado, na quarta-feira, depois de ser encontrado pela fiscalização estacionado em local proibido: sobre a calçada da Rua Otávio de Faria, também no Recreio.
O secretário da Ordem Pública, Leandro Matieli Gonçalves, lamentou o episódio, afirmando que encaminhará um relatório ao comando-geral da PM, com recomendação para a abertura de uma investigação e sugerindo que o policial seja excluído da corporação. A invasão foi filmada pelo circuito interno do depósito. A PM informou ao GLOBO, em nota, que vai abrir uma sindicância administrativa. O policial não foi localizado pelo jornal. Já a Polícia Civil não conseguiu confirmar se Arley é instrutor da academia.
— É uma vergonha, um absurdo. Eu, oriundo da PM, estou envergonhado com a atitude desse policial militar. Logo um policial que deveria dar o exemplo. Um policial jamais faria isso: invadir um depósito público, na marra, na força — criticou o secretário da Ordem Pública.
O sociólogo Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, disse que a atitude do policial é sintomática:
— Estamos mal. Numa sociedade onde a autoridade não sabe que a lei é para todos, os exemplos são sintomáticos. Acredito que agora a corregedoria da PM deve punir com rigor. O trânsito, aliás, é um modelo da falta de civilidade do cidadão — lembrou o sociólogo.
MURROS NO PORTÃO PARA ENTRAR
O caso foi registrado como ameaça na 42ª DP (Recreio) ainda na madrugada de quinta-feira. O guarda municipal Sandro Fernandes, responsável pelo plantão no depósito, na Avenida das Américas 19.600, contou aos policiais civis que o PM chegou às 4h50m ao local. Do lado de fora, ele passou a esmurrar o portão. Gritando ser PM, ele queria entrar. Dizia ainda que seu veículo havia sido rebocado e exigia que o liberassem naquele mesmo momento. Sandro foi chamado para resolver a situação.
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Câmera mostra pistola na cintura do policial - Reprodução de vídeo
De acordo com o boletim de ocorrência, o guarda municipal explicou ao policial que, para liberar o carro, ele teria que pagar, numa agência bancária, a diária e a taxa de reboque. Foi quando o motorista teria se apresentado como major da PM, mostrando a carteira da corporação. Ainda de acordo com o boletim, muito agitado, o policial insistiu que levaria o carro. O guarda voltou a repetir que não seria possível. Nesse momento, o policial invadiu o depósito e caminhou em direção ao local onde os carros rebocados ficam estacionados. Ao localizar seu Hilux, o PM entrou no veículo (modelo que custa pelo menos R$ 60 mil) e dirigiu até a saída do depósito.
No portão, ele teria exigido que o guarda municipal e o coordenador do depósito, Edson Paixão, abrissem o portão. Nesse momento, segundo o boletim, Arley desceu do carro e sacou a pistola que levava na cintura, exigindo a abertura do portão. Revoltado, o policial teria ameaçado os funcionários, mandando que todos ficassem atrás do seu carro. O grupo obedeceu. A porta foi aberta e o policial saiu com seu carro. Ao todo, seis funcionários teriam sido rendidos.
— Éramos seis pessoas no depósito. Tentei, com os outros colegas de trabalho, convencê-lo, de maneira respeitosa e dentro dos procedimentos legais, que o carro estava apreendido e que ele não poderia levá-lo daquela forma. Nesse momento, ele disse ser policial e sacou a pistola de cor preta, rendendo a mim e outros funcionários, mandando que abríssemos o portão — contou o segurança Marcondes da Silva Brígido.

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