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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Manifestantes acusam Guarda Municipal de abuso na repressão a protesto no Rio

Manifestantes acusam Guarda Municipal de abuso na repressão a protesto no Rio

RIO DE JANEIRO - A Guarda Municipal alegou que as barracas estavam obstruindo a passagem de pedestres e precisavam ser retiradas...

Agência Brasil
RIO DE JANEIRO – Duas pessoas foram detidas e conduzidas pela Guarda Municipal à 5ª Delegacia de Polícia, no centro do Rio, após protesto em frente à Câmara Municipal do Rio na madrugada desta quarta-feira (6). Em ato simbólico, os manifestantes montaram duas barracas de acampamento na Cinelândia e foram reprimidos. Os dois manifestantes detidos já foram liberados.
De acordo com a diretora executiva da Rede de Defensores Independentes de Direitos Humanos, Maristela Grynberg, a Guarda Municipal alegou que as barracas estavam obstruindo a passagem de pedestres e precisavam ser retiradas. Ela acusou os guardas municipais de excesso de força e crime sexual.
“Eu estou com marcas aqui [no pescoço], eles apalparam meus seios na hora do ‘estou te detendo’. Não tem necessidade de pegar no peito de ninguém. Tem um menino com o joelho machucado, porque pisaram no joelho dele. Isso tudo por duas barracas vazias em um espaço público”.
As barracas foram montadas em protesto pela libertação de dois jovens presos na manifestação do dia 15 de outubro, também no centro, e que ainda estão no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste.
O manifestante Gabriel Soares, de 18 anos, disse que um guarda “deu um mata leão [golpe de estrangulamento], o outro deu um soco no estômago e me jogaram dentro do ônibus”. O jovem disse ainda que, dentro do ônibus, os guardas pisaram em seu joelho, torceram sua orelha e o xingaram. “Quando chegamos à delegacia, eles mandaram a gente não falar nada do que ocorreu dentro do ônibus. Só que eu falei a verdade para o delegado”.
O advogado do Instituto de Defensores de Direitos Humanos, Felipe Coelho, informou que os manifestantes prestaram depoimento e serão encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito.
A Guarda Municipal negou que tenha havido qualquer tipo de abuso na condução dos manifestantes à delegacia. Ainda segundo o órgão, eles foram levados à delegacia porque não permitiram que os guardas recolhessem as barracas de acampamento em frente ao Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal da capital fluminense.
Em outro protesto, na última terça-feira (5), manifestantes caminharam pelas principais avenidas do centro, acompanhados pela Polícia Militar, e não houve confronto. No entanto, um menor de 18 anos foi apreendido e um jovem maior de idade foi detido, ambos liberados posteriormente. Eles tentaram arrancar a bandeira do estado do Rio de Janeiro que estava no mastro em frente ao Monumento a Zumbi dos Palmares, na Praça Onze.

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