Rio - Um menino de apenas 8 anos morreu após se afogar na caixa d’água de um prédio em construção ao lado do Sambódromo, na tarde de ontem. Vitor Lucas Vieira Lima brincava com amigos quando pulou no reservatório de cerca de 20 mil litros. A criança foi reanimada por amigos e guardas municipais que trabalhavam na Passarela do Samba durante a partida entre Alemanha e Argentina. Bombeiros também foram acionados para fazer o resgate. Vitor foi retirado da água ainda com vida, mas a caminho do Hospital Souza Aguiar, no Centro, não resistiu.
Bombeiros e guardas municipais trabalham juntos no resgate do menino que caiu na caixa d’água
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Testemunhas relataram que, durante a brincadeira, Vitor tirou toda e roupa e mergulhou apenas de cueca na caixa d’água. Mas ele não conseguiu voltar à tona. Morador da Praça Coronel Castelo Branco, ao lado do Sambódromo, Leonardo Fonseca ajudou a resgatar a vítima. “Como sei nadar e sou magro, consegui entrar”, contou. “Avisamos aos nossos filhos não irem para a obra”, completou um vizinho que não quis se identificar.
Segundo moradores da região, a obra seria de uma empresa que presta serviços para a prefeitura. Após a tragédia, eles reclamaram a respeito da construção. “Essa obra causa problemas na estrutura das nossas casas. A prefeitura prometeu remover a gente e não fez nada”, relata um morador que não quis se identificar.
Os pais de Vitor têm outros três filhos (de 4, 6 e 13 anos). Emerson questionou a falta de segurança da construção. “É um absurdo uma criança ter acesso àquele local sem o segurança impedir. Nesses dias, um poste foi derrubado por um caminhão e ninguém fez nada. Vou enterrar meu filho e depois ver o que fazer”, lamentou.
Polícia investiga como menino caiu
A 6ª DP (Cidade Nova) investiga as circunstâncias da morte do menino. Foi solicitada perícia para o local e testemunhas foram ouvidas sobre o caso e sua relação com a falta de segurança no local da obra.
A 6ª DP (Cidade Nova) investiga as circunstâncias da morte do menino. Foi solicitada perícia para o local e testemunhas foram ouvidas sobre o caso e sua relação com a falta de segurança no local da obra.
Seguranças do Sambódromo informaram que os profissionais que cuidam da obra não são os mesmos da Passarela do Samba. Vigilantes da construção, que observavam a reportagem, não foram localizados depois para falar sobre o assunto.
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-07-14/crianca-se-afoga-em-caixa-dagua-de-obra-e-morre-a-caminho-do-hospital.html
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