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sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Sexta, 07 de Setembro de 2012 - 00:00

Guarda Municipal: Uso de arma divide opiniões

por Aparecido Silva
Guarda Municipal: Uso de arma divide opiniões
Foto: Ascom Susprev / Divulgação
A Guarda Municipal de Salvador, implantada no final de 2008, é um dos assuntos debatidos pelos candidatos a prefeito da capital: cinco dos seis que estão na disputa pelo Executivo defendem que a corporação passe a usar armas. De acordo com a Lei Orgânica do Município, o órgão tem como função proteger os bens da cidade; disciplinar o trânsito; proteger o meio ambiente e colaborar com o cidadão ao objetivar o desenvolvimento do “convívio social civilizado e fraterno”. O tema divide opiniões entre os eleitores ouvidos pelo Bahia Notícias. Para Edvaldo Macêdo, 60 anos, instalador de cortinas, o armamento não vai adiantar em nada para diminuir a violência na cidade. “O delinquente é mais potente e está mais armado do que qualquer guarda com arma. As consequências disso não serão as melhores”, comparou. “Se depender de mim, não deveriam ter arma. Hoje já é um perigo sem arma, imagine usando. Só vão trazer mais gastos para o governo”, opina Carlos Antônio, 45, que trabalha com serviços gerais.
Segundo o segurança Luiz Henrique, 46, antes de tudo, “é preciso preparação psicológica e técnica”. “Nem todos os agentes estão preparados para pegar em arma e auxiliar na segurança pública. No caso da seleção por concurso, tem que fazer uma triagem para saber quem tem capacidade para manusear”, ponderou. Quem pensa de modo semelhante é Paulo Telles, 39, consultor de negócios, que conta não ter visto a guarda pela cidade. “Primeiro, tem que ver onde atuam [os agentes]. Mas, no meu entendimento, tem que haver um bom preparo e boa remuneração. Hoje, a gente vê que a polícia tem problemas com o uso de arma. Exemplo recente é o caso do Rio, em que uma mulher usada por sequestrador como refém foi morta por um policial”, avaliou. “Não devem usar de maneira alguma, pois não são preparados. Fazem besteiras sem armas”, condenou o vidraceiro Luciano Santos, 38. Já Vera Lúcia, 54, costureira, acredita que a corporação deve usar armamento. “Os bandidos atacam constantemente. Acho que o uso de arma vai intimidar”, defendeu, ao apontar a necessidade de uma preparação prévia. Segundo Adriana Souza, 39, que trabalha com serviços gerais, o uso de armas pelos guardas só vai servir para defesa pessoal. Entre os prefeituráveis de Salvador, até o momento, apenas Hamilton Assis (PSOL) se posicionou contrariamente à ideia de entregar pistolas à Guarda Municipal soteropolitana.

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