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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Rio: multidão hostiliza guardas que agrediam camelô no Centro Gustavo Ribeiro | Rio+ | 11/09/2012 15h47


Uma operação da Guarda Municipal do Rio revoltou a população e causou transtornos no trânsito do Centro da cidade por volta das 14h10 desta terça-feira. Quatro guardas municipais agrediram um vendedor de frutas que trabalhava na esquina da Rua da Quitanda com a Rua da Assembleia e apreenderam o material do rapaz. Logo depois, uma multidão se aglomerou ao redor da confusão e começou a lançar bolsas e caixotes de madeira contra os agentes para tentar impedir a violência. O camelô saiu ferido.
Testemunhas que estavam no local relataram que o ambulante havia acabado de montar sua barraca quando os guardas chegaram para confiscar a mercadoria. O homem foi algemado, mas se recusou a ir até a delegacia. Em seguida, os agentes conseguiram imobilizá-lo com o uso de cacetetes e spray de pimenta. Cerca de 200 populares revoltados com a cena começaram a hostilizar os agressores.
O motorista Márcio Eduardo Teixeira disse ao SRZD que ficou chocado com a forma como os guardas municipais repreenderam o vendedor. Segundo ele, 10 viaturas foram encaminhadas ao local para conter a fúria da população. Às 14h30, o tumulto estava controlado e o camelô já tinha sido levado para prestar depoimento, mas muitos curiosos permaneciam concentrados na Rua da Assembleia.
"Fiquei impressionado com a quantidade de gente e a hostilidade que o pessoal teve para cima dos guardas. Pelo que vi somente o ambulante saiu bastante ferido, depois de ter sido covardemente espancado mesmo depois de ter suas mercadorias apreendidas e não ter demonstrado qualquer reação, o que revoltou populares que passavam pelo local. Os policiais saíram de costas acuados pela Rua da Quitanda. A Guarda Municipal deveria agir para proteger a gente e para oferecer ajuda, mas as pessoas ficam revoltadas porque parece que o interesse deles é só multar", disse Márcio.
"Eles bateram muito no rapaz. Foi uma covardia. Enquanto as pessoas pediam para soltar o menino, eles quebraram as nossas flores e começaram a espirrar spray de pimenta em todo mundo. Eles não precisavam usar a força desnecessariamente. São totalmente desqualificados", contou a comerciante Marisa Duarte, que trabalha em um quiosque de flores próximo de onde a confusão aconteceu na Rua da Quitanda.
Foto: Márcio Eduardo Teixeira
Foto: Márcio Eduardo Teixeira
Foto: Márcio Eduardo Teixeira
* Fotos cedidas pelo leitor Márcio Eduardo Teixeira
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