Os recentes casos de violência na Baixada Fluminense, como o assassinato de um pré-candidato a vereador em Caxias, no fim de semana, acenderam o alerta vermelho nas administrações das principais cidades da região. A crise financeira enfrentada pelo estado também contribuiu para a maior participação dos governos municipais na segurança pública. Muitos defendem uma maior atuação da Guarda Municipal para diminuir a sensação de insegurança.
Em Mesquita, uma base 24h, integrada entre a Polícia Militar e a Guarda Civil, na Avenida Baronesa de Mesquita, na Vila Emil, local de passagem para Nova Iguaçu e Nilópolis, já trouxe algum alívio para os moradores. O empresário Alan Albuquerque, de 33 anos, contou que a estrutura, inaugurada na última sexta-feira, devolveu suas horas de lazer durante a noite.
— Eu e a minha mulher ficávamos trancados em casa durante a noite. A gente pensava duas vezes em abrir a garagem também com medo de sofrermos algum assalto. A violência está muito grande — afirmou Alan.
O secretário de Segurança de Mesquita, Ives Murilo Jesus, disse que o contato será direto com os PMs.
— Essa junção vai ajudar e muito no combate ao crime aqui na cidade. Tenho certeza que vamos inibir a marginalidade — disse.
O prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, vai se reunir na semana que vem com empresários da cidade. O objetivo é arrecadar verba para o Fundo Municipal de Segurança Pública. A estimativa é angariar R$ 300 mil e, assim, bancar a hora extra de policiais militares.
— Se conseguirmos 100 empresários com cada um doando R$ 3 mil, já vamos atingir a quantia. Na semana que vem vou sentar com eles e partir para a captação desses recursos — prometeu Cardoso.
Em Belford Roxo, a prefeitura conseguiu aumentar o efetivo de guardas municipais, que passou de 114, em 2013, para 174, este ano.
Barreiras e decreto de emergência
Em maio deste ano, a Prefeitura de Nilópolis tomou uma decisão polêmica de fechar, com barreiras, três pontos da cidade no limite com outros municípios. O objetivo era impedir a rota de fuga de bandidos.
No mês seguinte, foi a vez de o prefeito de Meriti, Sandro Mattos, decretar estado de emergência na cidade por causa da violência. Bandidos de facções rivais estão em guerra pelo controle de venda de drogas no complexo do Parque Araruama. No dia 24, haverá um protesto de meritienses no Leblon, Zona Sul do Rio, pedindo paz.
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