Foto: Betina Humeres / Agencia RBS
Em um comunicado à Prefeitura de Florianópolis, a Polícia Federal (PF) anunciou que não renovará o convênio que autoriza o porte de armas pela Guarda Municipal na cidade. A alegação, segundo a Secretaria de Segurança da Capital, é que faltam horas/aula de treinamento de tiro aos 140 guardas que atuam no município. Com isso, até completar a capacitação, que é de quatro meses, a Guarda Municipal deve atuar desarmada em Florianópolis.
A Guarda Municipal tem autorização de porte de arma da PF desde novembro 2008 na Capital e, segundo o secretário de Segurança, José Paulo Rubim Rodrigues, já passou por treinamento. Porém, a autorização que deveria ser renovada nesta segunda-feira, dia 4, foi suspensa.
— A PF alega que está faltando um complemento da capacitação e cita o curso de tiro de repetição, que é com revólver. A Guarda Municipal não usa revólver aqui — afirma o secretário, ao ressaltar o uso de pistolas semi-automáticas, calibre 380, já recolhidas na última sexta-feira, após o comunicado da PF.
O secretário de Segurança, no entanto, não soube informar quantas horas/aula ainda são necessárias e nem o porquê do comunicado ter sido feito oito anos depois da autorização do porte. O delegado da Polícia Federal Luiz Korff, responsável pela comunicação, confirmou a suspensão do convênio, mas informou que a PF só se pronunciará nesta segunda-feira sobre o assunto.
Ao alegar a insegurança dos guardas, a Prefeitura anunciou que entrará com umaliminar nesta segunda-feira na Justiça Federal para assegurar o porte de armas durante o curso.
—Se não fizemos o treinamento completo, por que a PF liberou o porte nestes oito anos?— questiona Rubim Rodrigues, dizendo temer colocar os guardas em risco ao liberar o trabalho sem o uso de armas.
Em relação ao novo treinamento, o secretário afirma que a Prefeitura buscará o apoio da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal no Estado para cumprir a capacitação exigida.
Críticas à Guarda em Coqueiros
A falta de sinalização para o uso da ciclofaixa rendeu críticas à Guarda Municipalneste domingo em Coqueiros. No bairro do Continente, todo domingo uma das faixas utilizadas pelos carros durante a semana vira passagem exclusiva de ciclistas, sinalizadas com cones. Neste domingo, no entanto, a Guarda-Municipal não sinalizou e os ciclistas tiveram que dividir o espaço com os carros, o que gerou um transtorno no trânsito.
Foto: Keli Magri / Agência RBS
A reportagem da Hora esteve no local durante a tarde e flagrou um carro estacionado na ciclofaixa, impedindo a passagem de ciclistas. O motorista, um morador do bairro que não quis se identificar, deixou o alerta ligado para ir ao caixa eletrônico do banco do outro lado da rua. Questionado pela reportagem, ele se desculpou e disse que a falta de cones no local deu a sensação de que era permitido.
Já o secretário de Segurança de Florianópolis, José Paulo Rubim Rodrigues, afirmou que a falta de sinalização foi uma falha da Guarda e da própria Secretaria. Mesmo admitindo isso no início da tarde, o problema não foi resolvido no domingo. Quem esteve no local das 9h às 17h, horário de uso da ciclofaixa, presenciou o duelo por espaço entre bicicletas e automóveis.
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